Levantamento coloca Novo Hamburgo em estado de alerta para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti | Universidade Feevale

Levantamento coloca Novo Hamburgo em estado de alerta para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

03/02/2023 - Atualizado 13h41min

dengue

Projeto de Prevenção e Combate à Dengue, realizado em parceria pela Feevale e prefeitura, divulgou resultados do primeiro LIRAa do ano

O projeto de Prevenção e Combate à Dengue, executado em parceria pela Universidade Feevale e a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, divulgou, nesta semana, um boletim informativo com os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano. O trabalho, que indica o percentual de imóveis no município com presença do vetor responsável pela transmissão da dengue, consiste em visitar, aproximadamente, 5% dos imóveis do município em um curto período, gerando um indicativo dos níveis de infestação na cidade, a fim de facilitar as ações de controle.

Entre os dias 9 e 20 de janeiro, agentes do projeto realizaram visitas em 3.527 imóveis de Novo Hamburgo, distribuídos em todos os bairros do município, que são agrupados em oito estratos. Foram coletadas 75 amostras de larvas ou pupas para análise e identificação no Laboratório do Projeto de Combate à Dengue, das quais 52% se mostraram positivas para o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Outro indicador do LIRAa, e um dos principais, é o Índice de Infestação Predial (IIP), que é a relação percentual entre o número de imóveis positivos, ou seja, com a presença de larvas de Aedes aegypti, e o número de imóveis pesquisados. Entre janeiro e fevereiro, Novo Hamburgo apresentou um IIP de 1,1, ou seja, a cada 90 imóveis, um teve a presença de larvas do vetor. Esse valor classifica o município como em iminente perigo à saúde pública, ou seja, apresenta médio risco de surto para a dengue e outras doenças relacionadas ao mosquito.

O índice registrado no levantamento coloca o município em estado de alerta, principalmente nesta época do ano, em que o calor intenso e as pancadas de chuva propiciam os ingredientes ideais para o desenvolvimento dos mosquitos.

Para evitar que a situação venha a piorar, contamos com o empenho da equipe do projeto, da Vigilância Ambiental e da comunidade, a fim de eliminar os depósitos de água parada pela cidade”, afirma o coordenador do projeto de Prevenção e Combate à Dengue, Tiago Filipe Steffen.

Principais depósitos

Outro índice importante que o LIRAa fornece é o da prevalência de depósitos com Aedes aegypti. Confira:

  • 57,1%: recipientes pequenos, passíveis de remoção da água, como pratinho de vaso de plantas, bebedouro de animais, recipientes para enraizamento de plantas, garrafas desprotegidas, baldes, lonas mal esticadas entre outros
  • 28,6%: ralos, calhas, piscinas e outros recipientes de difícil remoção de água
  • 8,2%: bromélias, ocos de árvores, materiais naturais
  • 4,1%: acúmulo de lixo, sucatas e entulhos de restos de construção
  • 2%: pneus e outros materiais rodantes

Saiba mais

Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul registrou significativo aumento nos casos de dengue, zika e chikungunya. Ainda em dezembro de 2022, a Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), emitiu um comunicado de risco para a população em decorrência de um surto de chikungunya em um município do noroeste do Estado, onde foi observada a transmissão vertical do vírus no vetor Aedes aegypti.

Segundo o Painel de Casos de Dengue RS, para 2023, já foram confirmados 26 casos distribuídos em 21 municípios, sendo 17 deles autóctones, o que alerta para a circulação viral. O pico de proliferação de mosquitos dentro do município se dá entre os meses de março e abril, segundo levantamentos históricos, o que deve alertar sobre os índices de infestação tenderem a aumentar nos próximos meses.

 

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