Empresas têm que saber atuar em cenário de imprevisibilidade | Universidade Feevale

Empresas têm que saber atuar em cenário de imprevisibilidade

21/08/2020 - Atualizado 16h53min

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Prato Principal On-line aconteceu nesta quinta-feira, 20, com apoio máster da Feevale

Em uma mudança de cenário, como ocorre atualmente, as práticas gerenciais das empresas têm que ser diferentes e, entre as habilidades que precisam ser desenvolvidas, destacam-se a capacidade de atuar em um contexto de alguma imprevisibilidade, colocar o cliente no centro das atividades e ter um propósito além do lucro. Essa foi a ênfase dos palestrantes do Prato Principal On-line desta quinta-feira, 20, promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV) com apoio máster da Universidade Feevale. O evento contou com a abertura de Marcelo Lauxen Kehl, presidente da associação, e presença de Pedro Englert, CEO da StartSe, e Rafael Weber, fundador da W/África - Agência de Gestão da Inovação e África Seguros e, também, Business Partner da StartSe.

Para Pedro Englert, a transformação acelerada pela pandemia exige uma dinâmica de aprendizado e ensino das organizações para continuarem sendo relevantes no mercado e, especialmente, aos clientes. “Agir da mesma forma e fazer as mesmas coisas gera riscos e oportuniza que outras façam inovações antes e ganhem com isso”, alerta. Englert acentua que é preciso ter um propósito, isto é, algo maior do que o lucro, e compartilhar com toda a equipe para que a atuação seja homogênea e torne-se mais fácil. Este é, conforme Rafael Weber, o ponto de partida para a mudança de cultura das empresas tradicionais, que devem colocar o consumidor ao centro das atividades e investir em inovação para diferenciarem-se no mercado em que atuam.

Englert avalia que o cliente está cada vez mais empoderado e exigente, o que, somado ao horizonte incerto, requer um novo modo de planejar e agir, para que seja possível entregar ao consumidor aquilo que ele quer, e não o que as empresas querem. É necessário, segundo ele, adequar-se ao novo normal, algo que ninguém sabe ao certo o que é, mas que desafia a todos. Nesse cenário, o desafio é entender o que está acontecendo e agir, apesar de uma certa imprevisibilidade no horizonte, que não deve impor medo. A tarefa, avalia, fica mais fácil quando a empresa possui um time com autonomia, alinhado com os seus valores e capaz de identificar o terreno onde pisa. “Tudo começa com o propósito, que encanta as pessoas e as faz querer fazer parte da empresa”, explica.

Ecossistema de inovação

Pedro Englert chama a atenção para a necessidade de manter o que ele define como ‘ecossistema de inovação’ nas empresas, cujos principais elementos são busca e valorização do conhecimento, capital e uma certa rebeldia para encontrar novas formas de fazer as coisas habituais. “Quando essas características se somam, a empresa é efetivamente inovadora”, define. Para ele, também é necessário dar abertura às novas ideias e oportunizar o acesso de todos a novos conhecimentos. Ele também sugere manter uma cultura de colaboração, utilizar conhecimentos diversos, unir forças e respeitar as diferenças, especialmente da nova geração de dirigentes e dos colaboradores.

Inspiração em startups

Para Rafael Weber, o sucesso das startups deve servir de exemplo às empresas tradicionais. Ao colocarem o cliente no centro e fazerem uso de novas tecnologias, elas entenderam gargalos e problemas, mudaram o jeito de fazer negócios e passaram a ganhar corpo com isso, crescendo e atraindo o interesse de grandes empresas e grupos empresariais.

Segundo Englert, a transformação digital é um processo irreversível, mas muitas empresas e dirigentes ainda enfrentam dificuldades em entendê-la e, principalmente, realizá-la. “Pesquisas indicam que 90% dos CEOs têm convicção da importância da inovação, mas apenas 10% acham que estão no caminho certo”, revela. Rafael Weber diz que um modelo de gestão inovadora é baseado em tecnologia (30%) e pessoas (70%) e, ao contrário do que se possa pensar, a inovação não é necessariamente disruptiva e, também, não é preciso esperar que alguém ameace a empresa para ela decidir inovar. Inovação deve ser parte da cultura, seja para resolver problemas pontuais quanto para atingir novos estágios de desenvolvimento.

 

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