Curso de Jornalismo da Universidade Feevale e Deixa a vírgula criam projeto de checagem de boatos nas enchentes | Universidade Feevale

Curso de Jornalismo da Universidade Feevale e Deixa a vírgula criam projeto de checagem de boatos nas enchentes

13/05/2024 - Atualizado 17h34min

Iniciativa começou a operar nos primeiros dias de catástrofes e conta com um time de 12 voluntários, entre jornalistas, publicitários e estudantes da Feevale

Deixa

Grande crises têm sido um terreno fértil para a circulação de desinformação. As chamadas fake news costumam permear as grandes tragédias, atrapalhando os esforços de atendimento às vítimas. Foi assim na pandemia e o fenômeno se repete agora nas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. Foi por isso que o estúdio criativo Deixa a vírgula e o curso de Jornalismo da Universidade Feevale se uniram e criaram um projeto de checagem de boatos que circulam nas redes.

A iniciativa está operando desde o sábado, dia 4 de maio, início do período mais crítico das chuvas. O grupo voluntário é composto por jornalistas, publicitários e estudantes de Comunicação da Universidade Feevale. Em pouco mais de uma semana, já foram checados cerca de 50 boatos, número que cresce a cada hora em função da grande quantidade de informação circulada nas plataformas.

O projeto faz a recepção ativa de informações diretamente no Instagram. Esse trabalho, assim como o resultado das apurações, está sendo centralizado no perfil @deixavirgula. De acordo com a publicitária Letícia Cassel, uma das fundadoras da empresa, o projeto nasceu do desejo de colaborar com o estado nesse momento crítico. "Todos querem ajudar, e isso é fundamental agora. Buscamos contribuir com aquilo que temos de melhor, no nosso caso, é a capacidade que temos de apurar histórias e produzir informações de qualidade", ressalta.

Para o coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Feevale, professor Alisson Coelho, o momento caótico favorece o crescimento da desinformação. "Os veículos jornalísticos têm feito um excelente trabalho, mas sabemos que o volume de boatos é muito alto. Não queremos ser veículo, apenas colaborar nas checagens. Outro ponto importante para nós é oportunizar essa experiência prática aos nossos estudantes, que estão em campo apurando e produzindo conteúdo relevante", destaca.

Voltada inicialmente a estudantes, a possibilidade de se voluntariar no projeto atraiu profissionais já formados. "Colaborar com a checagem de notícias com a Deixa está sendo importante para encontrar um ponto de lucidez em tudo o que está acontecendo. Poder informar a mais pessoas o que é verdade, o que é distorção, e o que é mentira sobre a realidade dos fatos, relembra a mim mesmo a importância da profissão que escolhi me formar", afirma o jornalista Luís Faleiro.

Como são publicados os dados

As informações são apuradas e divididas em três grandes grupos: Falso, Fato ou Impreciso. Para dar conta da necessidade de informação do público, ainda foram criadas outras duas editorias: O que é, em quem termos e dados são explicados didaticamente, e O que sabemos sobre, que busca aprofundar a apuração de temas polêmicos. Todos os posts são publicados com data e hora da apuração, já que as informações mudam rapidamente. "Além da boa apuração, temos uma preocupação especial com a linguagem e um bom design, capazes de facilitar o entendimento das pessoas, de uma forma que desperte o interesse", salienta Letícia.

 

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