Desde 2011, com a aprovação e utilização de recursos via Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), do governo federal, a UJR/Feevale/Banrisul vem desempenhando um papel de transformação social no Vale do Sinos e na Região Metropolitana. As três ações desenvolvidas pelo tricolor de Novo Hamburgo (Escola de Futsal, Futsal Social e Categorias de Base), por meio do futsal, fazem a diferença para cerca de 1100 jovens, dos 5 aos 20 anos.

O trabalho desenvolvido em 15 ginásios gera perspectivas e oportunidades de continuidade no esporte de rendimento e também fora dele. Neste ano, entre todos os encaminhamentos realizados de atletas a outros clubes e o de jovens a cursos profissionalizantes, destacam-se Luciano de Farias e Matheus Welligton da Silva Abreu, que viraram exemplos para os demais alunos.

Após duas temporadas atuando na equipe Sub-20 da UJR/Feevale/Banrisul, o catarinense Luciano de Farias, 19 anos, se transferiu em 2016 para jogar o Campeonato Paulista Adulto, onde acabou sendo campeão da Série A1 com o Vila Operária Clube Esporte Mariano (VOCEM). Na equipe adulta do município de Assis, Farias, no seu último ano como atleta Sub-20, foi determinante na conquista do título. Ele foi o artilheiro da sua equipe e o segundo colocado na artilharia do campeonato, com 14 gols marcados. Nas finais contra o Taboão da Serra, ele marcou dois gols e deu uma assistência nas partidas que tiveram os resultados de 2 a 1 e 1 a 1.

Para o atleta, o bom desempenho em São Paulo tem muito a ver com o que aprendeu na base do clube. “ Passar por uma das melhores categorias de base do país foi fundamental para o meu amadurecimento pessoal e profissional. Hoje, percebo a importância de todo o suporte o que me foi dado nestes dois anos para que eu evoluísse e, tenho certeza, que se eu não passasse pela UJR, o resultado não seria o mesmo”, aponta o jogador que está analisando propostas para a temporada de 2017.

Outro papel desempenhado pela UJR/Feevale/Banrisul fora das quatro linhas é o encaminhamento de alunos e alunas do Futsal Social, que não possuem potencial competitivo, ou que têm, mas não optam pelo esporte de rendimento, a outras oportunidades de vida. Os alunos que estão na idade limite de atendimento (15/16 anos) são estimulados a terem a sua primeira experiência no mercado de trabalho, por meio de parcerias com entidades que encaminham estes jovens ao programa Jovem Aprendiz e/ou a cursos profissionalizantes.

Entre esses jovens está o hamburguense Matheus Welligton da Silva Abreu, de 16 anos, que após seis anos participando das atividades do Projeto no bairro canudos, se formou em novembro deste ano no Projeto Pescar da Fundação Francisco Xavier Kunz, mantido pela Artecola. Em um e meio de curso, além da formação teórica, Abreu passou pelo processo prático nas áreas administrativa, logística, comercial e de relacionamento com o cliente da empresa. “Agradeço ao clube por mais essa oportunidade, que ao meu ver foi ótima. Ter a minha primeira experiência no mercado de trabalho foi muito importante para eu definir o que eu quero fazer no meu futuro, que é trabalhar com administração”, revela ele que, após se formar no Pescar, ingressou no Senai para mais uma experiência.

Conforme o coordenador técnico da UJR/Feevale/Banrisul, Zeca Brochier, esses são apenas dois exemplos de alunos que deram certo e terão outras perspectivas de futuro a partir da sua passagem pelas ações do tricolor hamburguense. “A qualificação para a vida pessoal e profissional, dentro e fora do esporte, é fundamental para que esses jovens possam ter opções de escolhas no seu futuro próximo. Acrescentamos ao viés das perspectivas, oportunidades concretas de experimentar desafios que geram crescimento”, destaca Brochier.